Livro "Bruxos e Bruxas" - Sinopse, Comprar



Bruxos e Bruxas
 Sinopse 
Sinopse: No meio da noite, os irmãos Allgood, Whit e Wisty, foram arrancados de sua casa, acusados de bruxaria e jogados em uma prisão. Milhares de outros jovens como eles também foram sequestrados, acusados e presos. Outros tantos estão desaparecidos. O destino destes jovens é desconhecido, mas assim é o mundo sob o regime da Nova Ordem, um governo opressor que acredita que todos os menores de dezoito anos são naturalmente suspeitos de conspiração. E o pior ainda está por vir, porque O Único Que É O Único não poupará esforços para acabar com a vida e a liberdade, com os livros e a música, com a arte e a magia, nem para extirpar tudo que tenha a ver com a vida de um adolescente normal. Caberá aos irmãos, Whit e Wisty, lutar contra esta terrível realidade que não está nada longe de nós.

Lá no fundo, James Patterson sempre foi um autor que me deixou curioso para ler algo seu: vende muito, produz muito, e normalmente seus livros são bem avaliados por seus leitores. Isso sem contar o investimento de peso que foi feito em seu nome aqui no Brasil, por parte da editora que o popularizou por aqui, que me fez sonhar com um tratamento igual para Robert Crais, que ainda não aconteceu…

Como primeira leitura, Bruxos e Bruxas, escrito em parceria com a autora Gabrielle Charbonnet, veio a calhar, mas me deixa com o pé atrás. Livros à quatro mãos onde duas delas são mundialmente famosas me dão, sempre, a seguinte impressão: associam o autor mundialmente famoso a um outro menos conhecido, aumentando assim a produção do primeiro – que sempre vende bem – e associando o menos conhecido a um nome de peso, que ele poderá incluir no currículo e na capa de seus futuros livros, atraindo para si, em jornadas solo, leitores do mais famoso. É um crime? Não, são negócios, e, ao menos neste caso, funcionou muito bem.
Whitford e Wisteria são irmãos, adolescentes, e levam uma vida absolutamente normal até que sua casa é invadida durante a noite pela “Nova Ordem” e eles são levados dali, não sem antes Wisteria – ou Wisty, como é mais conhecida, assim como Whitford é apenas “Whit” – exibir um belo número de combustão instantânea, sem sofrer, ela mesma nenhum dano por isso.
Os dois são levados, acusados de bruxaria, e tem de lidar ao mesmo tempo com questões que fariam qualquer pessoa normal pirar: são tirados de casa; tem de conviver com um novo governo, totalitário, repressor, e, como não, chegado à um modelo distópico; além de serem acusados de bruxaria.
Ou muito me engano ou os irmãos têm dezessete (Whit) e quinze anos (Wisty), e até então não fizeram nada de muito anormal que sequer os fizessem supor terem algum tipo de poderes, então nada podem fazer senão negar as acusações, mesmo com a lembrança de Wisty fazendo cosplay de Tocha Humana e uma ou outra demonstração de poderes de Whit, mas eles não sabem como o fizeram nem podem controlá-los, ao menos não num primeiro momento. Por isso Harry Potter vai pra Hogwarts tão cedo…
Assim, seus objetivos são: manterem-se vivos, fugirem dali, e reencontrarem seus pais.
Até este ponto achei o livro bem amarrado, seguindo uma trilha coesa que levava a um ponto seguro no futuro, tendendo a ter tudo amarradinho lá no final – ou amarrado o suficiente, já que esta é uma série e algo tem de ficar solto para os volumes seguintes – mas do nada os autores resolvem acrescentar outros elementos fantásticos, bebendo de várias fontes, e não os embasam de forma eficiente para que, como leitor, ficasse satisfeito com o surgimento de tudo aquilo. Se queriam falar, também, de dimensões paralelas, seres de sombras e afins deveriam ter dedicado um tempo bem maior à isso.
E chegamos à questão tempo. No enredo, o tempo é tratado de diferentes formas, dependendo da dimensão onde os personagens estão e qual portal subdimensional adentram, nada muito original. Mas aqui quero falar do tempo de leitura. O livro pode ser lido numa sentada, com tranquilidade. O texto flui bem, apesar dos estranhamentos que tive com os assuntos não muito bem explicados, e os capítulos curtíssimos – coisa de uma página duas – prendem o leitor, pois a cada página se encontra alguma tensão que gera um gancho para a página seguinte.
Narrado em primeira pessoa, e com capítulos alternando entre Wisty e Whit, que são, ambos, extremamente carismáticos, os autores conseguiram manter firme uma estrutura que se anunciava arriscada: manter dois protagonistas caminhando lado a lado, e desenvolvendo separadamente a percepção de cada um deles acerca da nova realidade que enfrentam, do aprender a lidar com seus poderes, e das obrigações e responsabilidades que, desde os tempos do Homem-Aranha, vem com eles.
Mas, claro, sempre há um mas. Os autores se confundem um pouco no tom dado ao livro. Em alguns momentos os personagens se deparam com situações de grande tensão – como frente ao vilão da série, O Único que É O Único, e seus comparsas – para saírem delas com artimanhas dignas do jardim de infância. Isso me incomodou muito, não dá pra entender o que os autores pensaram quando fazem isso no livro, e o fazem algumas vezes. Dá a impressão que estavam escrevendo, chegavam em um momento crucial, tenso, importante, e se lembravam que o público do livro seria mais jovem, então decidiam maneirar. É tipo cantar “batatinha quando nasce” para acalmar um cão feroz e faminto, isso quando você poderia usar a pirocinese.
Sem contar outras atitudes dos protagonistas, que os fazem parecerem crianças mimadas, mesmo sendo adolescentes. Muitos podem não se incomodar com o fato, mas, considerando o contexto de tempo e lugar que os autores se esforçaram tanto para retratar no começo do livro, eu queria que fossem mais “sangue nos olhos”, e bem menos quadrinha infantil.
Falando do livro em si, bom, ele é lindo e o trabalho gráfico impressiona. As aberturas dos “livros”, se não me engano o livro é dividido em três, mais prólogo e epílogo, se destacam, escritos em caixa alta e fontes grandes, de muito bom gosto. Sem contar o trabalho de marketing da editora, que incluiu cartas anônimas de uma sociedade secreta enviadas aos parceiros e uma “invasão” ao Facebook da editora pela “Resistência” à “Nova Ordem”, num trabalho tão bem executado que, quando falarem em ação de marketing, esta será, daqui pra frente, minha medida de comparação. Ao menos comigo funcionou, e, quando o livro chegou nem o coloquei na estante, já comecei a ler.
Finalizando, gostei bastante do livro, apesar dos conflitos de tom, que, espero, devem ser corrigidos nos próximos volumes. Foi um bom título pra começar a ler Patterson, agora me sinto mais disposto a ler algo mais dele, no futuro, e acredito que o livro agradará bastante ao leitor que gosta de ficção fantástica e aventura.
 Fonte:pontolivro.com

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